Meire Coelho do Santos, de 42 anos, foi declarada culpada por matar seu namorado e simular que ele havia cometido suicídio

Um júri popular condenou Meire Coelho do Santos, de 42 anos, a 13 anos e 6 meses de prisão em regime inicial fechado pelo assassinato do namorado, o vigilante de banco Sergio Junior Barbosa da Silva, no dia 18 de setembro de 2020. A sentença foi dada na noite desta quarta-feira (06).

O Conselho de Sentença reconheceu a autoria e a materialidade do crime de homicídio e que Meire cometeu o assassinato mediante traição. Diante disso, o  Juiz de Direito Dr Pedro  Davi Benetti  condenou a ré  pelo crime de homicídio qualificado pela utilização de meio que dificultou a defesa da vítima.

Meire também foi condenada pelo crime de posse irregular de arma de fogo e por fraude processual, por, segundo a apuração do Ministério Público, modificar o  “estado de lugar da arma de fogo com fim de induzir a erro o perito”.


INVESTIGAÇÃO

Ainda na cena do crime, os policiais militares já desconfiaram que não se tratava de um suicídio. A Polícia Civil teve acesso às fotografias de Sergio ferido na cama. Ele foi atingido por um tiro na cabeça e socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu.

“Começamos a suspeitar desde o dia do crime pela forma que ele estava deitado na cama e com a arma entre a costela e o braço. Exames de necropsia também apontavam para homicídio”, explicou a investigadora.

Testemunhas e pessoas próximas a Sergio afirmaram que não existiam indícios de que o rapaz poderia se matar e que o relacionamento do casal era muito conturbado. “Ela o agredia, ele sofria diversas formas de violência. Sergio afirmava para pessoas próximas que queria se separar, inclusive pedia ajuda. Ela era ciumenta, possessiva e eles tinham brigas calorosas motivadas por ciúmes por parte dela. Ele decidiu se separar e até procurou uma casa para sair logo”, contou a investigadora.

PLANTÃO CNP