Boicote estaria favorecendo o candidato Lula no nordeste. Eleitores não estariam recebendo campanha do candidato Bolsonaro

Ministro das Comunicações, Fábio Faria

Um pronunciamento feito pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, na noite desta segunda-feira (24), chamou a atenção para uma sabotagem que está sendo feita contra o atual presidente da República e candidato a reeleição, Jair Bolsonaro (PL).

Em frente ao Palácio do Planalto, o ministro afirmou que uma auditoria contratada pela campanha de Bolsonaro identificou irregularidades nas inserções da campanha do candidato à reeleição nas rádios.

Fábio Faria estava acompanhado do ex-secretário de comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten. Durante o pronunciamento, o ex-secretário alegou que o número total é de 53 dias de propagandas partidárias que deixaram de ser veiculadas.


O ministro informou que se encontrou com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e apresentou os números do levantamento.

“Isso é uma grave violação do sistema eleitoral. E agora o TSE vai investigar para saber porque essas rádios fizeram isso”, disse Fábio Faria.

Segundo o ministro e o ex-secretário, a região Nordeste do Brasil foi a mais afetada com a sabotagem na veiculação das propagandas políticas. Ao todo, a campanha de Bolsonaro teve 18,24% menos inserções do que o candidato Lula (PT).

Para se ter uma noção, em números, do tamanho do boicote, foram 154.085 inserções a menos do que o adversário do PT. Entre os dias 07 e 14 de Outubro, somente no Nordeste, de acordo com o ministro, foram 12 mil inserções a menos em relação ao candidato petista.

“Dos dias 14 a 21, foi para mais de 17 mil. O lugar mais forte disso é o estado da Bahia. Só na primeira semana, foram mais de 7 mil a mais para Lula”, disse Fábio Faria.

Uma ação foi aberta para pedir queno TSE restabeleça as inserções de Bolsonaro que as rádios deixaram de veicular. O TSE deve começar uma investigação para apurar as denúncias.

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