Israel negou ter atacado hospital e disse que tragédia foi causada por míssil defeituoso lançado por terroristas

Corpos de vítimas se acumulam na porta de hospital DAWOOD NEMER/AFP – 17/10/2023

O Ministério da Saúde de Gaza informou que até 300 palestinos foram mortos após um ataque aéreo nesta terça-feira (17) que atingiu um hospital na Faixa de Gaza. Autoridades do país estimam até 500 vítimas no bombardeio.

Fotos do Hospital Ahli Arab mostraram fogo nos corredores, vidros quebrados e partes de corpos espalhadas pela área. Este é o ataque aéreo mais mortal supostamente realizado por Israel contra a nação palestina desde 2008.

Israel, no entanto, negou os ataques. De acordo com as IDF (Forças de Defesa Israelenses), o ataque partiu do grupo Jihad Islâmica Palestina, que teria disparado uma barragem de foguetes contra Israel — um dos projéteis, no entanto, teria falhado e atingido o hospital.


“Uma análise indica foguetes passando nas proximidades do Hospital Al Ahli Arab em Gaza no momento em que foi atingido”, disse um porta-voz israelense.

No sul, os ataques contínuos desta terça-feira mataram dezenas de civis e pelo menos uma figura importante do Hamas. Enquanto isso, autoridades dos EUA trabalham para convencer Israel a permitir a entrega de suprimentos a civis, grupos de ajuda humanitária e hospitais, após dias de esperanças frustradas de uma abertura no cerco.

A comunicação das autoridades palestinas afirma que o ataque seria “um crime de guerra”. “O hospital abriga centenas de enfermos e feridos, assim como pessoas desabrigadas à força.” O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, decretou luto nacional de três dias pelo bombardeio.

R7 INTERNACIONAL