Aumento que passa a valer amanhã (16) é o primeiro desde a extinção da política de paridade internacional dos combustíveis

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

A Petrobras anunciou nesta terça-feira (15) que vai aumentar os preços médios da gasolina e do diesel vendidos a distribuidoras. A medida passa a valer nesta quarta-feira (16).

De acordo com a empresa, o preço médio da gasolina será elevado em R$ 0,41 por litro, para R$ 2,93 por litro.

“Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, de R$ 2,14 a cada litro vendido na bomba”, afirma a companhia.


O aumento é o primeiro anunciado pela Petrobras desde a extinção da política de paridade internacional dos combustíveis, em maio. Desde então, só foram apresentadas reduções no valor dos combustíveis. No ano, a variação acumulada do preço de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras apresenta redução de R$ 0,15 por litro.

Já o diesel foi elevado em R$ 0,78 por litro, para R$ 3,80 por litro. “Considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, de R$ 3,34 a cada litro vendido na bomba”, reforça a empresa.

Os reajustes dos combustíveis já eram defendidos pelos agentes do mercado há algumas semanas devido à forte valorização do petróleo no mercado internacional. Segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o preço gasolina nos polos da Petrobras encontra-se defasado em R$ 0,90 (-27%) e o do diesel, em R$ 1,18 (-28%).

No anuncio das altas, a Petrobras reforça que ao extinguir o PPI incorporou parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística na sua precificação. “Em um primeiro momento, isso permitiu que a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando período de estabilidade de preços aos seus clientes.”

“Ciente da importância de seus produtos para a sociedade brasileira, a companhia reitera que na formação de seus preços busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente’, completa a estatal.

R7