Nas redes, muita gente sugere que o fato de ser rico e famoso poderia beneficiar o apresentador, mas isso não é verdade

Faustão foi diagnosticado com insuficiência cardíaca REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Começaram a circular, nesta segunda-feira (21), boatos nas redes sociais de que o apresentador Faustão, de 73 anos, poderia ser beneficiado na lista de espera de transplante de coração pelo fato de ser famoso e rico. As afirmações não passam de mentiras. 

Muitos chamam a lista de fila, mas esta é uma expressão equivocada, pois dá a ideia de igualdade na espera, o que não pode existir quando se trata de uma série de pacientes com condições de saúde diversas e também de órgãos que podem ou não ser compatíveis com uma pessoa.

O SNT (Sistema Nacional de Transplantes) funciona de maneira nacional. É ele que monitora as listas de estados e regiões, juntamente com outros órgãos de controle federais.


Isso impossibilita um indivíduo de estar em mais de uma lista ou a ordem legal não ser obedecida.

A Central Nacional de Transplantes desempenha um papel crucial na coordenação das atividades das centrais estaduais, facilitando a logística e a transferência eficiente de órgãos entre várias regiões do país.

Seu objetivo principal é agilizar os procedimentos em casos de urgência e otimizar a utilização dos órgãos doados.

Em resumo, as centrais atuam como intermediárias essenciais na identificação de doadores compatíveis e na alocação justa de órgãos para receptores, garantindo equidade no tratamento dos pacientes que aguardam na fila de espera.

Há pessoas que podem ser priorizadas na lista, de acordo com critérios legais. Por exemplo, um paciente que tem falência renal e não tem mais condições de ser submetido à diálise (rim), indivíduos com insuficiência hepática aguda grave (fígado) ou até mesmo em um caso em que haja necessidade de assistência circulatória (coração).

Pessoas transplantadas recentemente e que tiveram rejeição do órgão também são consideradas prioritárias. 

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo acrescenta que o transplante “depende de fatores como disponibilização do órgão por meio do processo de doação, ordem cronológica, gravidade do caso e disponibilidade ou não de tratamentos alternativos, com prioridade aos casos de urgência, em que há risco de morte”.

Em São Paulo, onde Faustão mora, havia 180 pessoas na lista de espera por um coração no mês passado. Em todo o Brasil, até 16 de agosto, eram 386. 

Faustão está internado desde o começo do mês, em um hospital particular de São Paulo, com um quadro de insuficiência cardíaca. A condição se caracteriza pela perda da capacidade de bombeamento de sangue do órgão para outras partes do corpo.

Os sintomas mais comuns são falta de ar, cansaço, acúmulo de líquidos (e consequente inchaço) nas pernas e falta de capacidade de realizar exercícios ou tarefas que exijam esforço físico.

R7